Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 — Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor simbolista austríaco. Em 1876 estudou desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição académica nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum. Klimt foi também membro honorário das universidades de Munique e Viena. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição na Galeria da Secessão de Viena.
Formação
Após concluir os estudos na “Escola Primária do VII bairro vienense”, Klimt é admitido, aos 14 anos, na "Escola das Artes Decorativas", ligada ao "Museu Austríaco Imperial e Real de Arte e Indústria de Viena".
Klimt adquiriu a prática de desenho ornamental, além de cursos sobre a teoria de
projeções,
perspectiva, teoria do estilo e outros temas que acompanhavam as aulas práticas.
Carreira
Klimt foi o único aluno da Escola das Artes Decorativas, no século XIX, que conseguiu dar início a uma grande carreira artística, impulsionado pelos seus professores e pelo diretor do Museu, Rudolf von Eitelberger.
Klimt, Ernst e Matsch fundaram a Künstlercompagnie (Companhia dos Artistas), aproveitando-se do boom da construção.
Através da empresa Fellner und Hellmer, especializada na construção de teatros, a Companhia dos Artistas conseguiu trabalhos.
A Companhia trabalhou em quadros de tetos das escadarias do Teatro Imperial.
Na época, Klimt criou os quadros A Carroça de Téspis, O Teatro do Globo em Londres, O Altar de Dionísio, O Teatro de Taormina e O Altar de Vênus.
A decoração das imponentes escadarias do Museu da História da Arte, estava destinada a Hans Makart.
Com a sua morte, a Companhia dos Artistas foi contratada para a conclusão: pintura dos quadros dos cantos e dos intercolúnios (espaços de pintura entre as colunas).
[1]As duas obras – a segunda, inicialmente destinada a Hans Makart, deveria se manter fiel ao modelo histórico – confrontaram Klimt com o "optimismo e a crença no progresso da burguesia liberal".
Klimt colaborou com a decoração do Teatro Imperial e, também sob encomenda, fez o seu retrato.
Em 1887, a Companhia é contratada pela Câmara Municipal de Viena para pintar o interior do antigo Teatro Imperial.
Ao final dos trabalhos, Klimt é premiado com a "Cruz de Mérito de Ouro" (1888), pelos seus trabalhos nas escadarias do Teatro Imperial.
O quadro contribuiu para a obtenção do reconhecimento da sociedade vienense.
Arte erótica
As últimas obras de Klimt voltam-se para um lado mais
erótico, claramente assumido.
No seu atelier passeiam-se sempre algumas modelos nuas que ele observa e vai desenhando.
Resultam mais de 3000 desenhos.
Disso são exemplo os desenhos das suas modelos em poses e atitudes mais intimas: "Mulher sentada com as coxas abertas", "Adão e Eva", "A Noiva"” e "Masturbação feminina ".
Na época acusaram Klimt em Ornamentação e Crime do seu exagero erótico.
Com a morte da sua mãe em
1915 também a sua paleta se torna mais sombria- as paisagens tendem para a monocromia. Em
1916 participa na exposição de Bund Österreichischer Kunstler na Secessão de Berlim com
Egon Shiele,
Kokoschka e
Anton Faistauer.
Deixou uma série de obras inacabadas, entre elas "Adão e Eva", "O retrato de Johanna Staude" e "A noiva".